Arte performance no campo expandido

A partir dos anos 50 a atuação do artista plástico começou a se inscrever na obra pictórica fazendo com que os processos de criação fossem registrados na superfície da tela. Esta tendência de se valorizar o momento da criação era o prenuncio de uma mutação na arte contemporânea. A partir da década de 60, o movimento da body art deslocava o ponto focai do produto para o processo, da obra para o criador. A ação artística sustentava-se como mensagem estética por si mesma e o seu registro residual ou documental representava um epifenômeno. O espectador passava a ter um contato direto com uma ação dramática não representada, concebida como um elemento estético. A partir da década de 70 surgiram inúmeros artistas plásticos dedicando-se exclusivamente a este então novo gênero. O surgimento da performance respondeu à uma necessidade premente de renovação estética e ao mesmo tempo sugeriu uma nova perspectiva de leitura da história das artes. A proposição de se investigar a Performance no Campo Expandido reflete uma tendência do século atual de responder a interdisciplinaridade, a ampliação dos conceitos e gêneros e insurgências de corpos, mentes, comportamentos, conceitos e histórias.