A formatividade no corpo e na arte: interconexões entre a construção da corporeidade e as dimensões participativas da arte

Linha de Pesquisa

Metodologia e Epistemologia da Arte

Responsável pela Pesquisa

Equipe

Eduardo Augusto Alves De Almeida
Mariana Louver Mendes

Sobre a Pesquisa

O constante formar do corpo nas experiências vividas realça a importância dos acompanhamentos dos fazeres em terapia ocupacional que aprofundam a vivência da corporeidade, ampliam a consciência do corpo e operam como orientadores da vida cotidiana e da participação sociocultural. Entre esses fazeres, destaca-se a atividade artística que coloca em processo matérias da história de vida dos sujeitos, memórias, instaura momentos de criação e inventividade na realização dos projetos e aproxima arte e vida. Tanto o corpo quanto a arte são temas aqui estudados na perspectiva da formatividade que coloca em ação forças para a produção de subjetividades, dos corpos e das linguagens, gerando experiências de revitalização e apropriação de novas formas existencias num contínuo processo de produção de si, de ambientes e de relações. Toma-se como referência as proposições conceituais de Stanley Keleman, Regina Favre, Luigi Parayson, João Augusto Frayze Pereira, Winnicott e alguns filósofos contemporâneos para estudar este conceito e contextualizar a época atual. E, a partir de dispositivos de intervenção prática, busca-se acompanhar o processo da formatividade em operação. Elege-se o campo de interface da arte, saúde e cultura no qual participam terapeutas ocupacionais, estudantes e a população em situação de vulnerabilidade social, como lugar de efetivação das proposições. O caminho consiste em cartografar o que emerge das experiências, afinar capacidades conectivas, narrar, conversar, corpar acontecimentos, experimentar, interferir, documentar, escrever, organizar a produção, enfim, construir gestos e ações coletivas e fazer redes. A formatividade é um modo de instaurar um campo vivo de trabalho, ativar camadas sensíveis, o gesto pessoal e a ação coletiva para intensificar trocas, desprender afetos, criar ambientes sustentáveis nas práticas ético-estético-políticas que mobilizam a transformação cultural.

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